DOENÇAS CARDIOVASCULARES
As Doenças Cardiovasculares são as doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório. Este sistema é formado pelo coração, vasos sangüíneos (veias artérias e capilares) e vasos linfáticos.
O sangue é bombeado pelo coração e circula através dos vasos sangüíneos (artérias e veias), irrigando todos os tecidos do corpo, inclusive o próprio coração.
FATORES DE RISCO
Os fatores de riscos são condições ou hábitos que agridem o coração ou as artérias.
Não há uma causa única para as Doenças Cardiovasculares. mas sabe-se que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. São os denominados fatores de risco cardiovascular. Entre estes, os principais são: hipertensão arterial, dislipidemia,(colesterol alto) tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade hereditariedade e estresse.
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A hipertensão arterial é, dentre os fatores de risco cardiovascular, o mais importante, afetando 11 a 20% da população adulta (com mais de 20 anos), segundo estudo patrocinado pelo Ministério da saúde e CNPq e conduzido pela UFRJ e ENSP em 1992. Além desta alta prevalência, sabe-se que cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) e cerca de 40 a 60% dos pacientes com infarto do miocárdio apresentam hipertensão arterial associada.
DISLIPIDEMIA E DOENÇA CARDIOVASCULARES
A relação entre os níveis elevados de colesterol no sangue e a presença de cardiopatia coronária já está bem definida. Vários estudos já mostraram que a redução dos níveis de colesterol no sangue reduziram o risco de infarto agudo do miocárdio e a mortalidade por doenças cardiovasculares.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
O Brasil, desde a década de 40, vem passando por um processo de inversão das curvas de morbidade e mortalidade em que se observa um declínio na mortalidade por doenças infecciosas e um concomitantemente um aumento na mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Esse processo chamado fenômeno de transição epidemiológica ocorreu em todos os países hoje desenvolvidos onde a população de idosos é cada vez mais expressiva.
Em 1930 as doenças cardiovasculares (DCV) eram responsáveis por apenas 11,8 % das mortes nas capitais do país. Em 1996 este percentual era de 27,4% (fig 1).
IMPACTO SOBRE AS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
A mortalidade proporcional causada pelas doenças cardiovasculares cresce progressivamente com a elevação da faixa etária, representando o significante percentual de 15,3% dos óbitos de adultos jovens entre os 20 e 49 anos de idade, embora a faixa com 50 anos ou mais de idade, seja a primordialmente atingida (fig. 2). O mesmo se observa com a taxa de mortalidade por 100.000 habitantes. A taxa geral é de 158,91 óbitos por 100.000 hab.. No entanto quando separadas por faixas etárias percebe-se uma grande discrepância entre os vários grupos etários, como por exemplo: Para a faixa até 14 anos a taxa de mortalidade é de 4,57 óbitos para cada 100.000 habitantes. Na faixa entre 20 e 49 anos esta taxa é de 673,34 óbitos por 100.000 habitantes. Porém na faixa etária da população de 50 anos e mais esta taxa sobe para 2.554,7 óbitos por 100.000 habitantes.
Estes dados mostram a importância das doenças cardiovasculares no panorama populacional brasileiro onde se observa uma elevação da expectativa de vida e um conseqüente aumento da população de idosos.
ALTA PREVALÊNCIA DA DOENÇA
A alta prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) é hoje observada mundialmente. No Brasil este grupo de doenças é a primeira causa de óbito; foram responsáveis, em 1996, por 249.613 óbitos de um total de 908.882 óbitos registrados (figura 3), representando 28% do total.
NÚMERO DE ÓBITOS POR CAPÍTULOS DA CID-10 – BRASIL – 1996
No que tange à internação os dados do nosso sistema de informação não deixam dúvidas. Quase 10% das internações no ano de 1996 foram por doenças do aparelho circulatório (figura 4).
As doenças cerebrovasculares e o infarto agudo do miocárdio, juntos foram responsáveis em 1996 por 136.956 óbitos, o que representa 55% dos óbitos por doença do aparelho circulatório.
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM PREVENÇÃO
O diagnóstico e tratamento das DCV têm apresentado enormes avanços tecnológicos nos últimos anos, com a introdução, na rotina de atendimento, de novas técnicas tais como Cineangiocoronariografia, Revascularização Miocárdica, Angioplastia Coronariana, aplicações de STENT, Ultra-Sonografia, Cintilografia Cardíaca e Cerebral, Tomografia Computadorizada, Drogas Anti-Hipertensivas e Inotrópicas Cardíacas. Entretanto, apesar deste avanço tecnológico, ainda é alto o índice de óbitos precoces por doenças cardiovasculares.
Mesmo quando não são mortais, essas doenças levam, com freqüência, à invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para esse, sua família e a sociedade. Isso mostra que o investimento na prevenção destas doenças é decisivo não só para garantir qualidade de vida mas também evitar gastos com hospitalização, que a cada dia se torna mais cara em razão do alto grau de sofisticação em que se encontra a medicina moderna.
(Fonte: Ministério da Saúde)
As Doenças Cardiovasculares são as doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório. Este sistema é formado pelo coração, vasos sangüíneos (veias artérias e capilares) e vasos linfáticos.
O sangue é bombeado pelo coração e circula através dos vasos sangüíneos (artérias e veias), irrigando todos os tecidos do corpo, inclusive o próprio coração.
FATORES DE RISCO
Os fatores de riscos são condições ou hábitos que agridem o coração ou as artérias.
Não há uma causa única para as Doenças Cardiovasculares. mas sabe-se que existem fatores que aumentam a probabilidade de sua ocorrência. São os denominados fatores de risco cardiovascular. Entre estes, os principais são: hipertensão arterial, dislipidemia,(colesterol alto) tabagismo, diabetes mellitus, sedentarismo, obesidade hereditariedade e estresse.
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DOENÇAS CARDIOVASCULARES
A hipertensão arterial é, dentre os fatores de risco cardiovascular, o mais importante, afetando 11 a 20% da população adulta (com mais de 20 anos), segundo estudo patrocinado pelo Ministério da saúde e CNPq e conduzido pela UFRJ e ENSP em 1992. Além desta alta prevalência, sabe-se que cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) e cerca de 40 a 60% dos pacientes com infarto do miocárdio apresentam hipertensão arterial associada.
DISLIPIDEMIA E DOENÇA CARDIOVASCULARES
A relação entre os níveis elevados de colesterol no sangue e a presença de cardiopatia coronária já está bem definida. Vários estudos já mostraram que a redução dos níveis de colesterol no sangue reduziram o risco de infarto agudo do miocárdio e a mortalidade por doenças cardiovasculares.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
O Brasil, desde a década de 40, vem passando por um processo de inversão das curvas de morbidade e mortalidade em que se observa um declínio na mortalidade por doenças infecciosas e um concomitantemente um aumento na mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Esse processo chamado fenômeno de transição epidemiológica ocorreu em todos os países hoje desenvolvidos onde a população de idosos é cada vez mais expressiva.
Em 1930 as doenças cardiovasculares (DCV) eram responsáveis por apenas 11,8 % das mortes nas capitais do país. Em 1996 este percentual era de 27,4% (fig 1).
IMPACTO SOBRE AS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
A mortalidade proporcional causada pelas doenças cardiovasculares cresce progressivamente com a elevação da faixa etária, representando o significante percentual de 15,3% dos óbitos de adultos jovens entre os 20 e 49 anos de idade, embora a faixa com 50 anos ou mais de idade, seja a primordialmente atingida (fig. 2). O mesmo se observa com a taxa de mortalidade por 100.000 habitantes. A taxa geral é de 158,91 óbitos por 100.000 hab.. No entanto quando separadas por faixas etárias percebe-se uma grande discrepância entre os vários grupos etários, como por exemplo: Para a faixa até 14 anos a taxa de mortalidade é de 4,57 óbitos para cada 100.000 habitantes. Na faixa entre 20 e 49 anos esta taxa é de 673,34 óbitos por 100.000 habitantes. Porém na faixa etária da população de 50 anos e mais esta taxa sobe para 2.554,7 óbitos por 100.000 habitantes.
Estes dados mostram a importância das doenças cardiovasculares no panorama populacional brasileiro onde se observa uma elevação da expectativa de vida e um conseqüente aumento da população de idosos.
ALTA PREVALÊNCIA DA DOENÇA
A alta prevalência das doenças cardiovasculares (DCV) é hoje observada mundialmente. No Brasil este grupo de doenças é a primeira causa de óbito; foram responsáveis, em 1996, por 249.613 óbitos de um total de 908.882 óbitos registrados (figura 3), representando 28% do total.
NÚMERO DE ÓBITOS POR CAPÍTULOS DA CID-10 – BRASIL – 1996
No que tange à internação os dados do nosso sistema de informação não deixam dúvidas. Quase 10% das internações no ano de 1996 foram por doenças do aparelho circulatório (figura 4).
As doenças cerebrovasculares e o infarto agudo do miocárdio, juntos foram responsáveis em 1996 por 136.956 óbitos, o que representa 55% dos óbitos por doença do aparelho circulatório.
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM PREVENÇÃO
O diagnóstico e tratamento das DCV têm apresentado enormes avanços tecnológicos nos últimos anos, com a introdução, na rotina de atendimento, de novas técnicas tais como Cineangiocoronariografia, Revascularização Miocárdica, Angioplastia Coronariana, aplicações de STENT, Ultra-Sonografia, Cintilografia Cardíaca e Cerebral, Tomografia Computadorizada, Drogas Anti-Hipertensivas e Inotrópicas Cardíacas. Entretanto, apesar deste avanço tecnológico, ainda é alto o índice de óbitos precoces por doenças cardiovasculares.
Mesmo quando não são mortais, essas doenças levam, com freqüência, à invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para esse, sua família e a sociedade. Isso mostra que o investimento na prevenção destas doenças é decisivo não só para garantir qualidade de vida mas também evitar gastos com hospitalização, que a cada dia se torna mais cara em razão do alto grau de sofisticação em que se encontra a medicina moderna.
(Fonte: Ministério da Saúde)
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